O goleiro Bruno Fernandes de Souza foi transferido na tarde de sexta-feira (21) para a Penitenciária de Segurança Máxima Francisco Sá, no norte de Minas. A informação foi divulgada na manhã deste sábado (21) pela Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional).
Ainda segundo a Subsecretaria, o atleta deu entrada na unidade prisional por volta das 13 horas e, durante todo o trajeto até Francisco Sá, foi escoltado por agentes do Comando de Operações Especiais (Cope) do Sistema Prisional.
Entretanto, apesar da transferência ter sido realizada na sexta-feira, os procedimentos de cadastro do detento na unidade prisional de Francisco Sá só foram concluídos na manhã deste sábado. Bruno já realizou um primeiro atendimento médico, jurídico e psicológico na penitenciária.
O goleiro foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte da modelo Eliza Samudio e estava preso desde julho de 2010 no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Rotina
Segundo a Suapi, Bruno cumprirá sua pena em uma cela individual de seis metros quadrados e terá alimentação balanceada com refeições às 7h, 11h, 14h e 17h. Ele não terá televisão em sua cela, mas a unidade possui sinal de TV aberta e a família poderá levar um aparelho ao atleta.
As primeiras visitas do goleiro poderão ser realizadas assim que os familiares realizem o procedimento de cadastro na unidade prisional. Caso o procedimento seja finalizado ao longo desta semana, ele já poderá ter visitas sociais no próximo final de semana.
Volta aos gramados
Em fevereiro deste ano, Bruno assinou contrato com o Montes Claros Futebol Clube, que joga a segunda divisão estadual. Esse era um dos motivos do pedido de transferência para o Norte de Minas.
Entretanto, apesar da transferência concluída, a Justiça mineira negou no último dia 12 o pedido de trabalho externo feito pela defesa do goleiro Bruno Fernandes sob alegação de que não há condições para o cumprimento do contrato de Bruno com o time de Montes Claros
Segundo o juiz da Vara de Execuções Criminais de Contagem, Wagner de Oliveira Cavalieri, a lei prevê uma série de medidas de segurança para impedir fugas ou indisciplinas, com isto, seria necessário que o goleiro tivesse escolta diária até o trabalho.
Além disso, o Ministério Público já havia se posicionado contrariamente ao trabalho externo uma vez que o goleiro foi condenado à prisão em regime fechado.
Entretanto, na ocasião, o advogado Tiago Lenoir havia informado que, com a transferência do atleta, um novo pedido de trabalho externo seria feito e a decisão caberia ao juiz de Francisco Sá.
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