domingo, 22 de junho de 2014

PT aposta em comparação de gestões para estancar queda na popularidade de Dilma

Governo acredita que basta 'apenas mostrar trabalho' para que índices de aprovação da presidente aumentem nos próximos meses. Ministros negam desgaste da imagem de Dilma

Integrantes do PT e do governo apostam que, a partir de agora, a presidente Dilma Rousseff (PT) deve intensificar as comparações com as gestões do PSDB para reduzir os efeitos da queda de popularidade da petista. Apesar da queda de cinco pontos percentuais na avaliação positiva da gestão Dilma apontada pela pesquisa CNI/Ibope, divulgada esta semana, ministros negam que exista algum desgaste que precise ser gerenciado pela campanha.
Para eles, quando as propagandas eleitorais na TV começarem, os resultados do governo dela serão expostos e o quadro, revertido. Os dados da pesquisa da CNI mostraram que o percentual da população que considera o governo ótimo ou bom foi de 31% em junho. Em março, o índice de aprovação era de 36%. Além disso, a pequisa mostrou que a presidente tem 39% das intenções de votos, contra 21% do senador Aécio Neves (PSDB) e 10% do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
Para o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, não existe crise ou desgaste da imagem da presidente Dilma. “Que desgaste? Ela subiu nas pesquisas, houve pequenas variações. O jogo ainda vai começar, por enquanto, ainda é treino. Quando começar o horário de TV é que vamos mostrar o que estamos fazendo e nos superar”, afirmou.
Petistas ouvidos pelo iG, durante a convenção do PT realizada em Brasília neste sábado para homologar a candidatura de Dilma à reeleição, acreditam que, a partir de agora, a presidente terá de apresentar dados. A estratégia deve ser comparar resultados positivos dos últimos quatro anos de governo aos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante convenção, o partido ratificou a estratégia exibindo dados e comparações nas áreas de política econômica, social, infra-estrutura, entre outras.
Manoel Dias, ministro do Trabalho, também evitou falar em problemas na campanha presidencial e disse que ela nunca esteve “tão animada”. “Os ânimos nunca estiveram tão bem, temos muitos resultados a apresentar. Esse é um governo comprometido com os trabalhadores e eles sabem disso”, afirmou.

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